O Texas Longhorns ocupa a primeira colocação da Ultimate 136, lista de projeções elaborada pelo analista RJ Young para a temporada 2025 do futebol americano universitário (FBS). O ranking, divulgado de forma preliminar e sujeito a ajustes ao longo do ano, avalia todas as 136 equipes da Primeira Divisão e considera desempenho recente, elenco disponível e grau de dificuldade do calendário.
Ascensão desde 2023
Em 2023, Texas aparecia na terceira posição da mesma lista. Desde então, o programa comandado pelo técnico Steve Sarkisian acumulou resultados que justificam a atual liderança. Após registrar campanha de 5–7 em 2021, a equipe somou oito vitórias em 2022, conquistou título da Big 12 e chegou ao College Football Playoff (CFP) em 2023, já sob a batuta do quarterback Quinn Ewers. Em 2024, na primeira temporada completa como membro da SEC, o time voltou à semifinal do CFP no formato de 12 participantes e disputou a final da conferência.
Ewers, escolhido pelo Miami Dolphins na sétima rodada do Draft de 2025 da NFL, encerrou sua passagem por Austin com pelo menos 3.400 jardas e 20 passes para touchdown em cada um dos dois últimos anos. Para Young, a evolução proporcionada pelo quarterback foi determinante para atrair talentos de elite, entre eles o atual titular da posição, Arch Manning.
Arch Manning assume o comando
Manning, nome mais aguardado no elenco, é descrito como o melhor quarterback dos Longhorns desde Vince Young. Na temporada anterior, mesmo atuando de forma limitada, registrou 939 jardas aéreas, inclusive uma atuação superior a 300 jardas contra Mississippi State, e correu para outras 108. O calouro redshirt somou ainda um feito estatístico raro: tornou-se o único quarterback universitário ou profissional dos últimos 25 anos a anotar, no mesmo jogo, um passe para touchdown de 75 jardas, uma corrida de 65 jardas para touchdown e um segundo passe de pelo menos 50 jardas para touchdown.
Em 2024, como titular em duas partidas, Manning acumulou 583 jardas e cinco touchdowns totais (quatro aéreos e um terrestre), conduzindo Texas a duas vitórias. Agora, iniciará 2025 com um teste imediato: duelo fora de casa contra o atual campeão nacional, Ohio State, na semana inaugural.
Elenco de apoio reforçado
No backfield, o running back CJ Baxter retorna após lesão, enquanto Quintrevion Wisner vem de temporada com mais de 1.000 jardas terrestres. O grupo de recebedores conta com o novato Ryan Wingo e com DeAndre Moore, peças vistas como complementares ao estilo de Manning. Na defesa, o linebacker Anthony Hill desponta como principal liderança e ameaça para os adversários.
A linha ofensiva perdeu o left tackle Kelvin Banks, mas a comissão técnica aposta em Trevor Goosby, atleta de 2,01 m e 142 kg, que acumulou duas partidas como titular em 2024. Embora ainda inexperiente, o jogador deve assumir a proteção do lado cego de Manning.
Imagem: foxsports.com
Calendário e desafios
O cronograma de 2025 reserva apenas três confrontos da SEC no estádio Darrell K Royal–Texas Memorial. Entre as partidas fora de casa, destaca-se o duelo contra Georgia, além do já citado encontro com Ohio State. De acordo com Young, a combinação de elenco talentoso e tabela exigente definirá se a equipe converterá a expectativa em um primeiro título nacional desde 2005.
Expectativas de mercado
Nas principais casas de apostas, a linha de vitórias de Texas foi fixada em 9,5. O retorno para quem aposta no over (10 ou mais triunfos) é de -194, enquanto o under (até nove vitórias) paga +156. Os números refletem a confiança majoritária no potencial do time, mas também indicam que tropeços decorrentes do calendário pesado não estão descartados.
Método do ranking
Ao elaborar a Ultimate 136, RJ Young parte de três perguntas centrais: quem tem qualidade, por que possui essa qualidade e quais são as chances de superar ou ficar aquém da projeção. Com base nesses critérios, Texas lidera por apresentar combinação de talento individual, histórico recente de crescimento e profundidade em posições chave.
Resta ver se o conjunto liderado por Arch Manning confirmará em campo a avaliação do analista. Caso a previsão se concretize, os Longhorns poderão encerrar um jejum de duas décadas sem conquistar o troféu máximo do futebol universitário.
