A temporada regular da NASCAR Cup Series 2025 caminha para as últimas duas etapas — Richmond e Daytona — com a maior parte das vagas nos playoffs já preenchida, mas ainda restam posições em aberto e possibilidade de surpresas. Até o momento, 13 pilotos venceram ao menos uma prova, número que garante matematicamente todos eles na fase decisiva, já que o grid comporta 16 competidores. A lista final será completada pelo campeão da temporada regular e, se necessário, por corredores que avançarem por pontos.
O regulamento prevê que vitórias asseguram classificação, exceto se houver mais ganhadores do que vagas disponíveis. As 16 posições são distribuídas primeiro ao campeão da temporada regular e, em seguida, aos vencedores, com desempate por pontos. Como restam apenas as corridas no circuito oval curto de 0,75 milha em Richmond e o superspeedway de 2,5 milhas em Daytona, existe chance de aparecimento de novos nomes no círculo de vencedores, mas a tendência é de que ao menos uma vaga seja decidida pelo critério de pontuação acumulada.
Pilotos já garantidos
Treze competidores têm presença assegurada graças às vitórias obtidas. Denny Hamlin e Shane van Gisbergen lideram o grupo com quatro triunfos cada. Kyle Larson e Christopher Bell somam três, enquanto William Byron venceu duas provas. Outros oito alcançaram uma vitória: Chase Elliott, Ryan Blaney, Chase Briscoe, Bubba Wallace, Ross Chastain, Joey Logano, Austin Cindric e Josh Berry. Como atualmente não há mais de 16 vencedores na temporada, nenhum deles corre risco de ficar fora.
Situação de Tyler Reddick
Entre os pilotos sem vitória, Tyler Reddick aparece em condição confortável. Ele detém vantagem de 57 pontos sobre o próximo competidor sem triunfo, Alex Bowman, e está 117 pontos acima da linha de corte para os playoffs. Mesmo que ocorram três novos ganhadores diferentes nas duas últimas etapas — e que Reddick não esteja entre eles — o piloto ainda poderia ser eliminado. No entanto, caso mantenha após Richmond uma distância de 57 pontos em relação ao derradeiro colocado antes da zona de eliminação, hoje Chris Buescher, ele confirmará a vaga antes mesmo de Daytona.
Bolha de classificação por pontos
A possibilidade de dois novos vencedores torna incerta a permanência de três competidores atualmente dentro do grid por pontuação. Alex Bowman possui 60 pontos de folga em relação ao corte, Chris Buescher tem 34, enquanto Ryan Preece aparece 34 pontos atrás. Se dois pilotos que ainda não triunfaram vencerem nas próximas semanas, Bowman e Buescher precisariam superar Preece novamente na tabela ou conquistar eles próprios uma vitória para seguir adiante.

Imagem: foxsports.com
Pilotos em situação de “vitória obrigatória”
Os demais 19 inscritos demandam combinação de resultados praticamente perfeita sem vencer ou, de forma mais realista, um triunfo nas provas finais para garantir presença. A lista com seus respectivos déficits em pontos traz: Kyle Busch (-102), Ty Gibbs (-125), AJ Allmendinger (-129), Brad Keselowski (-153), Carson Hocevar (-156), Erik Jones (-157), Michael McDowell (-160), John Hunter Nemechek (-160), Ricky Stenhouse Jr. (-198), Zane Smith (-203), Austin Dillon (-212), Daniel Suárez (-225), Justin Haley (-230), Todd Gilliland (-242), Ty Dillon (-263), Noah Gragson (-319), Cole Custer (-324), Riley Herbst (-331) e Cody Ware (-455).
Entre esse grupo, oito pilotos jamais venceram uma corrida da Cup Series: Gibbs, Nemechek, Hocevar, Gilliland, Ty Dillon, Gragson, Herbst e Ware, o que adiciona complexidade extra à missão de conseguir o triunfo necessário.
Perspectiva para Richmond
O histórico do próximo autódromo favorece alguns nomes que ainda buscam consolidar vaga. Kyle Busch já conquistou seis vitórias no oval de Richmond, Brad Keselowski soma duas e Chris Buescher, Alex Bowman e Austin Dillon contam com um triunfo cada. Ricky Stenhouse Jr. possui um quarto lugar como melhor resultado, enquanto Ryan Preece já obteve um quinto posto. Esse retrospecto dá margem para estratégias focadas em pontuar alto ou, no caso de quem precisa, surpreender com vitória.
Depois de Richmond, o calendário se encerra na imprevisível Daytona, onde o vácuo coletivo tende a igualar o desempenho dos carros e frequentemente produz vencedores inéditos. Dessa forma, as equipes trabalham com múltiplos cenários: proteger pontos, buscar vitória imediata ou planejar um ataque final no superspeedway. Com apenas duas oportunidades restantes, cada volta se torna decisiva para definir quais bolhas estourarão e quem seguirá vivo na disputa pelo título de 2025.