Kansas City (EUA) – O técnico Andy Reid reiterou que o Kansas City Chiefs não se deixa abalar pelas críticas ao rendimento da equipe em 2024 e já concentra esforços na abertura da temporada 2025, marcada para 5 de setembro, no Brasil, contra o Los Angeles Chargers.
Embora o time tenha perdido o Super Bowl LIX para o Philadelphia Eagles após ficar 34 pontos atrás no placar, a trajetória de 15 vitórias e apenas três derrotas na fase regular manteve a franquia entre as principais forças da NFL. Ainda assim, o fato de 11 desses triunfos terem sido definidos por apenas uma posse de bola alimentou questionamentos sobre a sustentabilidade do desempenho.
Reid classificou a discussão como “barulho externo” e afirmou que o foco interno permanece no resultado final. “Quando tudo termina, o que conta é vencer. Temos competidores que sabem encontrar soluções”, declarou o treinador de 67 anos em entrevista ao programa “Up & Adams”.
As estatísticas reforçam o discurso do comandante. Desde sua chegada, em 2013, os Chiefs acumulam 143 vitórias e 53 derrotas na temporada regular, além de 18 vitórias em 26 jogos de pós-temporada. Nesse período, conquistaram três títulos do Super Bowl, alcançaram 11 campanhas com dez ou mais vitórias e ergueram o troféu da AFC West em nove anos consecutivos.
Off-season de manutenção e reforços pontuais
O principal movimento do mercado foi preservar peças essenciais. O guard Trey Smith assinou extensão de quatro anos, avaliada em US$ 94 milhões. O defensive end George Karlaftis renovou por quatro anos e US$ 88 milhões. O linebacker Nick Bolton prorrogou o vínculo por três anos e US$ 45 milhões, enquanto o wide receiver Marquise Brown permaneceu por mais uma temporada, em acordo de US$ 7 milhões.
Na agência livre, o clube concentrou-se na linha ofensiva e no setor defensivo. O offensive tackle Jaylon Moore chegou por dois anos e US$ 30 milhões; o cornerback Kristian Fulton firmou contrato de mesma duração, por US$ 20 milhões. Em contrapartida, o All-Pro guard Joe Thuney foi negociado com o Chicago Bears.
No Draft, o Kansas City selecionou o offensive tackle Josh Simmons, de Ohio State, com a 32.ª escolha. Na segunda rodada, escolheu o defensive tackle Omarr Norman-Lott, de Tennessee, na posição 63, e, logo depois, o defensive end Ashton Gillotte, de Louisville, no 66.º lugar. A estratégia buscou reforçar setores que, segundo a diretoria, precisam de profundidade para sustentar a competitividade ao longo da temporada.
Imagem: foxsports.com
Pré-temporada e início no exterior
A preparação em campo começou com derrota no jogo de abertura da pré-temporada, em casa, diante do Arizona Cardinals. O próximo teste será contra o Seattle Seahawks nesta sexta-feira. Apesar do tropeço inicial, Reid minimizou o resultado e destacou a importância de ajustar detalhes antes do compromisso de estreia oficial.
O duelo de 5 de setembro, válido pela Semana 1, será histórico: trata-se da primeira partida de temporada regular da NFL disputada em território brasileiro. Para o treinador, iniciar o ano diante de um rival de divisão e em cenário internacional aumenta o grau de dificuldade. “As equipes da AFC West contam com técnicos e elencos fortes. Some-se a isso o equilíbrio do restante da liga, e fica claro que precisamos atuar no mais alto nível a cada semana”, disse.
Mesmo com o revés no Super Bowl, a temporada passada estabeleceu novo recorde de vitórias da franquia em fase regular. Cinco dos triunfos apertados ocorreram contra adversários que não se classificaram aos playoffs, dado usado por críticos para afirmar que o domínio dos Chiefs estaria ameaçado. Reid, no entanto, reforça que a experiência acumulada em jogos decididos no fim do cronômetro pode se converter em vantagem nos momentos mais importantes.
Às vésperas de sua 13.ª campanha à frente do Kansas City, o treinador mantém a receita que o levou ao topo: minimizar ruídos externos, valorizar conquistas internas e preparar o elenco para sustentar a competitividade em uma liga marcada pelo equilíbrio.
