Donald Trump e o presidente russo, Vladimir Putin, concluíram no estado do Alasca uma cúpula presencial que se estendeu por várias horas de conversas reservadas. Ao término dos trabalhos, as delegações confirmaram que não foi firmado qualquer acordo relacionado às negociações sobre a Ucrânia. Mesmo sem um documento formal, Trump descreveu o resultado como “grande progresso”, expressão que repetiu diante dos jornalistas ao deixar o local do encontro.
Realizado em local não divulgado, o compromisso ocorreu sob forte discrição. Nenhuma das partes apresentou lista completa de participantes nem detalhou a ordem dos trabalhos. Informações sobre a logística do evento, como horário exato de início, quantidade de sessões ou formato das discussões, também não foram tornadas públicas. As equipes de comunicação limitaram-se a informar que o diálogo durou algumas horas e se concentrou no conflito ucraniano.
A guerra na Ucrânia foi apontada pelos dois líderes como a principal pauta. Trump reconheceu que, apesar das conversas, não houve entendimento para estabelecer negociações formais que envolvam todas as partes do conflito. Em sua breve declaração, o norte-americano voltou a destacar apenas o que classificou como avanços importantes, sem apresentar elementos que expliquem a avaliação ou indiquem quais pontos teriam sido consensuais.
Putin, por sua vez, afirmou estar “sinceramente interessado” em pôr fim aos combates. A declaração foi a principal mensagem transmitida pelo presidente russo durante a aparição conjunta. Assim como Trump, ele não divulgou possíveis propostas, condições ou cronogramas que pudessem acelerar um eventual processo de paz. Não houve confirmação de que a Rússia tenha apresentado um plano específico durante a reunião.

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Após a conclusão das negociações, os dois dirigentes concederam uma coletiva de imprensa conjunta. No encontro com os repórteres, limitaram-se a relatar de forma geral o teor das conversas e não disponibilizaram documentos ou comunicados detalhados à imprensa. Com isso, permaneceram desconhecidos os pontos tratados em profundidade e as posições exatas defendidas por cada lado ao longo das horas de diálogo no Alasca.
Até a última atualização, Washington e Moscou não anunciaram calendário para novas rodadas nem indicaram como pretendem transformar o “progresso” mencionado em compromissos verificáveis. Também não há informação sobre eventuais grupos de trabalho que possam dar continuidade aos temas discutidos. Sem um acordo formal e com poucos detalhes tornados públicos, não foi possível identificar quais serão os próximos passos no esforço de diálogo sobre a Ucrânia.