O Los Angeles Dodgers encerrou um período de instabilidade ao derrotar o San Diego Padres nos três jogos do fim de semana no Dodger Stadium e recuperar a liderança da Divisão Oeste da Liga Nacional. A equipe, que até o final de junho mantinha vantagem de nove jogos, havia visto a diferença ser anulada depois de perder 21 das últimas 33 partidas. O reencontro com o rival direto serviu para restabelecer a ordem na disputa e para mostrar que o elenco ainda é o principal candidato às primeiras posições da liga.
O confronto começou na sexta-feira, com Clayton Kershaw responsável por interromper a sequência de quatro derrotas dos anfitriões. O canhoto trabalhou seis entradas, cedeu apenas uma corrida e baixou sua média de corridas merecidas para 3,01 na temporada. Mesmo retirado do jogo após 76 arremessos, o veterano foi suficiente para garantir o triunfo por 4 a 1, iniciado ainda na noite anterior por um discurso interno do técnico Dave Roberts sobre a necessidade de “urgência” após atuações consideradas apáticas.
No sábado, os Dodgers aproveitaram erros do San Diego para construir vitória por 6 a 0. Logo nos dois primeiros innings, o catcher Will Smith eliminou três corredores nas bases, o arremessador Dylan Cease distribuiu seis bases por bolas e o defensor externo Jackson Merrill deixou escapar uma bola no aviso de parede que resultou em duas corridas. O conjunto de falhas permitiu que Los Angeles reassumisse a ponta da divisão antes mesmo do último jogo da série.
A barrida foi concretizada no domingo, em partida decidida nos detalhes. Freddie Freeman abriu o placar com um home run de três corridas na primeira entrada, mas os visitantes empataram antes da parte final. No oitavo inning, Mookie Betts recolocou os donos da casa na frente com outro homer, e o arremessador Alex Vesia garantiu os cinco outs finais, após pedir ao treinador para atuar no nono. O placar de 5 a 4 sacramentou a oitava vitória dos Dodgers em dez confrontos diretos contra o Padres em 2025.
A série marcou o encontro de duas estratégias distintas na data-limite de trocas. San Diego, que chegou a Los Angeles com 14 vitórias nas 17 partidas anteriores, investiu pesadamente ao ceder prospectos para reforçar o elenco e buscar um título imediato. Já o clube californiano optou por não envolver talentos de suas categorias de base em negociações e passou semanas convivendo com um bullpen desfalcado. Contra os Padres, entretanto, o esquema funcionou: os titulares Kershaw, Blake Snell e Tyler Glasnow somaram 17 entradas e somente três corridas permitidas.
O momento também serviu para comprovar ajustes no elenco. Smith, normalmente poupado em jogos diurnos que sucedem partidas noturnas, atuou em todos os três compromissos. Segundo Roberts, a escolha de mantê-lo em ação simbolizou a busca pelo “golpe final” no adversário. Internamente, a meta é evitar a repetição de resultados como o da semana anterior, quando a equipe desperdiçou vantagens tardias diante do Toronto Blue Jays.
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Embora a divisão ainda esteja longe de ser decidida, o resultado reforça a dominância recente de Los Angeles na costa oeste: a franquia busca o 12.º título de divisão em 13 anos. Além disso, a temporada regular reserva apenas mais uma série entre os rivais, no próximo fim de semana, agora no Petco Park. Até lá, os Dodgers devem continuar sem algumas peças de relevo no montinho, mas confiam na combinação de ataque oportunista, defesa segura e rotação saudável para manter a liderança recém-recuperada.
Do lado de San Diego, a varrida interrompeu a ascensão que havia levado o clube a superar uma desvantagem de seis jogos, em 25 de julho, para assumir o topo menos de três semanas depois. Para retomar fôlego, o grupo comandado por Mike Shildt terá de recalibrar o ataque reforçado e, sobretudo, reduzir os erros de execução que se mostraram decisivos em Los Angeles.
Com a temporada entrando em seu terço final, a expectativa é de que a rivalidade permaneça acirrada. Contudo, o desempenho do fim de semana sinaliza que, mesmo após um período irregular, os Dodgers continuam a ditar o ritmo no Oeste.
