O quarterback calouro Cam Ward entrou em campo pela primeira vez na NFL na noite de sábado (10), em Tampa, e comandou o ataque do Tennessee Titans por duas posses de bola. Apesar da derrota por 29 a 7 para o Tampa Bay Buccaneers, o jogador escolhido na primeira posição do último Draft deixou boa impressão ao liderar uma sequência de 11 jogadas que resultou no único touchdown da equipe no confronto.
Ward completou 5 de 8 passes, somou 67 jardas, não sofreu interceptações nem sacks e deixou o gramado ainda no primeiro quarto, conforme planejamento do técnico Brian Callahan. O treinador afirmou após a partida que o novato executou o que era esperado para o primeiro teste profissional e que a participação limitada fazia parte do roteiro desenhado para a pré-temporada.
Antes do pontapé inicial no Raymond James Stadium, o camisa 1 chegou cerca de seis horas antes do jogo, dedicou-se à revisão de vídeos e, segundo relato do próprio atleta, assistiu a parte de um filme de John Cena para relaxar. O palco do duelo já era familiar: em setembro do ano passado, atuando por Miami (Flórida) no futebol universitário, Ward lançara para 404 jardas e três touchdowns contra USF no mesmo local.
No encontro de sábado, o Tampa Bay Buccaneers preservou a maioria dos titulares. Já o Tennessee Titans optou por escalar a formação principal ao redor de Ward, medida que proporcionou ao calouro um ambiente mais próximo ao que encontrará na temporada regular. A primeira série ofensiva terminou em um rápido three-and-out, mas a segunda apresentou maior sintonia.
A arrancada decisiva começou com o quarterback em posição de shotgun. Com tempo no pocket, ele encontrou o recebedor Calvin Ridley completamente livre pelo meio para um ganho de 27 jardas. Em seguida, uma falta de interferência de ataque contra Ridley recuou o avanço em dez jardas, mas Ward manteve a campanha viva com dois passes consecutivos para o mesmo alvo, de 10 e 13 jardas.
As conversões em terceiras descidas foram outro ponto positivo. Em situação de 3ª para 9, o calouro acionou o tight end Chigoziem Okonkwo para dez jardas. Pouco depois, precisando de seis jardas, conectou com o wide receiver Tyler Lockett em rota curta para sete. A posse foi concluída em corrida de uma jarda de Tony Pollard, único touchdown de Tennessee no embate.
Vestindo a camisa número 1, liberada por Warren Moon — ídolo histórico da franquia —, Ward deixou o campo em seguida e passou a observar os reservas Brandon Allen e Tim Boyle. A dupla não conseguiu repetir a eficiência e terminou a noite com três interceptações, uma delas retornada para touchdown pela defesa de Tampa. Sem produção ofensiva adicional, os Titans encerraram o placar com apenas sete pontos.

Imagem: foxsports.com
Ao longo da semana, o elenco de Tennessee já havia participado de treinos conjuntos com o Buccaneers. Nesse período, Ward trabalhou tanto com veteranos quanto com os novatos Elic Ayomanor, Chimere Dike e Xavier Restrepo, três recebedores que buscam espaço no elenco final. O confronto de sábado serviu para que o quarteto ganhasse rodagem sob ritmo de jogo real.
Ao avaliar o desempenho, o quarterback destacou que pretende aproveitar melhor cada posse de bola daqui em diante, mencionando o three-and-out inicial como ponto de atenção. Para o técnico Brian Callahan, o fato de a equipe ter superado a penalidade ofensiva e convertido terceiras descidas demonstra maturidade incomum em um estreante.
O calendário da pré-temporada dos Titans prevê agora visita ao Atlanta Falcons na próxima sexta-feira (16) e encerramento em casa contra o Minnesota Vikings. A tendência é que Cam Ward receba maior número de snaps nos próximos compromissos, gradualmente ampliando a carga de trabalho antes da abertura oficial da temporada.
Enquanto isso, o Tampa Bay Buccaneers, mesmo sem utilizar a maioria dos titulares, aproveitou os erros adversários para construir vantagem confortável no placar e iniciar a preparação com resultado positivo. Do lado de Tennessee, a estreia do principal reforço do Draft deixou sinais de que o ataque pode ganhar dinamismo, ainda que a produção coletiva dependa de ajustes nas unidades de apoio e nos reservas imediatos.