O início da contagem regressiva para a próxima temporada do futebol americano universitário foi marcado pela divulgação do primeiro ranking da Associated Press e pelas cotações atualizadas para o título do College Football Playoff (CFP) 2025-26. Em 11 de agosto, o mercado da DraftKings Sportsbook colocou Texas e Ohio State empatados como principais favoritos, situação que acompanha o fato de os Longhorns terem alcançado o primeiro lugar no AP Top 25 pela primeira vez desde 2010.
Odds do título segundo a casa de apostas
As probabilidades apresentadas pela operadora indicam retorno total de R$ 65 para cada R$ 10 apostados tanto em Ohio State quanto em Texas, valor que corresponde a uma odd de +550 no formato americano. A seguir, surgem Penn State (+700), Georgia (+750), Alabama e Clemson (ambos +1000). A lista com os dez primeiros completa-se com Notre Dame (+1200), Oregon (+1300), LSU (+1400) e Michigan (+2800).
Em termos práticos, a diferença nas cotações reflete a percepção de que Ohio State — atual campeão — e Texas iniciam 2025 com elencos capazes de disputar cada partida decisiva. O mesmo raciocínio justifica a posição destacada de Penn State e Georgia, programas que concluíram a campanha anterior dentro do grupo dos cinco primeiros colocados.
Ranking da AP reforça expectativa sobre Texas
No levantamento divulgado em 11 de agosto, Texas aparece na liderança, seguido por Penn State e Ohio State. A condição de número 1 confere aos Longhorns a oportunidade de repetir um feito registrado apenas 11 vezes desde 1950: começar e encerrar a temporada no topo do ranking. O exemplo mais recente ocorreu em 2017, quando Alabama sustentou a primeira posição durante todo o ano e conquistou o título nacional.
Apesar do reconhecimento inicial, o histórico sugere que a tarefa é complexa. Alterações de desempenho, lesões e força da tabela de jogos costumam influenciar a votação semana a semana, e o formato do CFP acrescenta variáveis adicionais, sobretudo depois das mudanças aprovadas em maio.
Nova configuração para o College Football Playoff
O comitê gestor do CFP decidiu que, a partir da próxima edição, os quatro times mais bem ranqueados no fim da temporada regular receberão as sementes 1 a 4 e folgarão na primeira rodada. A exigência anterior — que restringia os byes aos campeões de conferência — foi retirada. Permanecerá, entretanto, a garantia de vaga para os cinco campeões de conferência melhor posicionados no ranking final.
Na temporada passada, Oregon, Georgia, Boise State e Arizona State avançaram diretamente às quartas de final por serem campeões de suas ligas, mas todos foram eliminados logo na primeira apresentação. Se o novo modelo já estivesse em vigor, Oregon (então número 1), Georgia (2), Texas (3) e Penn State (4) teriam recebido as folgas iniciais, independentemente de títulos de conferência.
Impacto das mudanças nos principais candidatos
A alteração tende a beneficiar programas que costumam figurar no topo do ranking mesmo quando não vencem seus campeonatos regionais. Exemplo disso é Alabama, tradicional concorrente que, embora listado com odds de +1000, poderia chegar à pós-temporada entre os quatro primeiros sem a necessidade de erguer o troféu da SEC.
Imagem: foxsports.com
Para Texas, a adaptação das regras significa a possibilidade de repetir a trajetória dominante exibida em 2024, quando permaneceu entre os cinco primeiros em quase todas as votações. Já Ohio State, que conquistou o título nacional na última final, projeta defesa de coroa com elenco reformulado, mas ainda considerado um dos mais profundos do país.
Penn State, terceiro no mercado, aposta na continuidade do sistema defensivo que liderou a FBS em jardas permitidas na campanha anterior. Georgia, quarta colocada em odds, mantém a base de uma equipe que venceu dois dos últimos três campeonatos nacionais. Clemson, Notre Dame, Oregon e LSU formam o bloco intermediário, cada qual precisando conciliar calendário desafiador e eventuais mudanças de comando técnico ou filosófico.
Calendário até a definição dos semifinalistas
A temporada regular tem início marcado para o fim de agosto e se estende até o início de dezembro, quando ocorrem as finais de conferência. O ranking definitivo que definirá as 12 vagas — com ênfase nos quatro byes — será divulgado na primeira quinzena de dezembro. Em seguida, os confrontos de primeira rodada estão previstos para a segunda metade daquele mês, enquanto as quartas de final e as semifinais serão disputadas em janeiro de 2026.
Até lá, as cotações devem sofrer variações semanais, influenciadas por resultados, desempenho de atletas-chave e eventuais lesões. Por ora, o mercado reflete equilíbrio entre Ohio State e Texas, com ligeira vantagem estatística para as duas equipes diante de um pelotão forte, mas teoricamente um passo atrás.
Diante desse cenário, Texas busca conciliar o rótulo de favorito com o desafio histórico de transformar a liderança na pré-temporada em conquista efetiva. As mudanças no formato do CFP, a competitividade das conferências e a própria imprevisibilidade do futebol universitário definirão se os Longhorns conseguirão sustentar a posição até a final ou se outro programa aproveitará o novo caminho para erguer o troféu nacional.
