Seleção da Inglaterra chama Maddie Feaunati para a Copa do Mundo de Rugby Feminino de 2025

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A terceira linha Maddie Feaunati, de 23 anos, foi confirmada pelo técnico John Mitchell na lista da Inglaterra para a Copa do Mundo de Rugby Feminino de 2025, que ocorrerá de 22 de agosto a 27 de setembro em solo inglês. O chamado encerra um ciclo acelerado de ascensão que começou há menos de dois anos, quando a jogadora regressou ao país para atuar no Exeter Chiefs.

Filha do ex-internacional samoano Isaac Feaunati e de mãe neozelandesa, Maddie nasceu em Leeds e dividiu a infância entre o Reino Unido e a Nova Zelândia. Por sua origem, poderia defender três seleções diferentes, mas optou pelas Red Roses — decisão que, segundo a atleta, reflete o vínculo construído com o rugby inglês ao longo da vida familiar no país.

Sua trajetória no esporte foi influenciada diretamente pelo pai. Isaac vestiu a camisa 8 de Samoa na Copa do Mundo de 1999, defendeu clubes como London Irish, Rotherham, Leeds e Bath e chegou a interpretar Jonah Lomu no filme “Invictus”, experiência que ampliou a visibilidade da família no cenário do rugby. A convivência em estádios e vestiários desde a infância fez com que Maddie desenvolvesse entendimento precoce do jogo, algo que hoje considera um diferencial competitivo.

A recolocação no sistema inglês começou em 2023, quando a atleta trocou a Nova Zelândia pelo Exeter Chiefs. O desempenho no clube rendeu rápida convocação e, já em 2024, ela estreou pela seleção no Torneio das Seis Nações, competição na qual a Inglaterra conquistou o Grand Slam. Ao longo da campanha, Maddie acumulou experiência ao lado de companheiras veteranas: a também terceira linha Alex Matthews, que disputará seu quarto Mundial, e a ex-capitã Sarah Hunter, atual treinadora defensiva da equipe. A convivência diária com as duas referências tem servido de laboratório para aprimorar posicionamento, leitura de jogo e liderança em campo.

Antes de selar o compromisso com a Inglaterra, a jogadora recebeu sondagem da Nova Zelândia. Mesmo seduzida pela possibilidade de alinhar com as Black Ferns, ela definiu que vestiria branco. Desde então, já enfrentou as neozelandesas duas vezes e, no Mundial, terá outro confronto de significado particular: Samoa, equipe que carrega parte de sua herança familiar, está no mesmo grupo da primeira fase.

O calendário da Copa do Mundo prevê transmissão de todas as partidas em plataformas da BBC, com exposição adicional para a modalidade feminina. A inclusão de Maddie amplia a renovação do elenco inglês, que busca quebrar um jejum de títulos iniciado após a conquista de 2014. Desde então, a Inglaterra disputou seis finais e venceu apenas uma, sequência que mantém a pressão por resultados em 2025.

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Imagem: Internet

Com 17 aparições internacionais até o momento, Maddie se apresenta como peça versátil na terceira linha, capaz de alternar funções de ball carrier e apoio defensivo. Em entrevistas recentes, a atleta declarou que pretende manter abordagem “destemida” nas ações de contato e seguir em evolução técnica até o início do Mundial.

O apoio familiar permanece ativo. Os pais viajam da Nova Zelândia para acompanhar a competição e não há dúvida, segundo Maddie, sobre a torcida pela seleção inglesa. A presença nas arquibancadas reforçará o sentido de pertencimento que ela atribui à camisa da Inglaterra, ao mesmo tempo em que simboliza a confluência de raízes samoanas e neozelandesas em sua carreira.

Além do duelo contra Samoa, a fase de grupos coloca a Inglaterra diante de adversários ainda a serem definidos nas eliminatórias continentais. O planejamento da comissão técnica inclui amistosos preparatórios e campos de treinamento intensivo, com foco em corrigir aspectos que custaram o título nas edições anteriores, como disciplina em momentos decisivos e profundidade de elenco.

A convocação de Maddie Feaunati fecha um ciclo de transição pessoal e esportiva que começou na infância, atravessou hemisférios e culmina agora na maior competição do rugby feminino. Para a camisa 8, a próxima etapa é consolidar-se como titular e contribuir para que a seleção anfitriã volte a erguer o troféu em setembro de 2025.

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